• “É um serviço de utilidade pública”

    15/10/2012 Categoria: Esclarecimentos

    No final de semana, terminais e veículos foram atingidos por integrantes de torcida organizada. Por mês, reparos custam em torno de R$80 mil; valor esse que poderia ser utilizado em outros benefícios ao serviço. Prejuízo para a operação e para a grande maioria dos clientes, prejudicados pela ação de poucos

    Na segunda-feira (1), um ônibus da linha 144 (Terminal Padre Pelágio / Solar Ville) foi depredado por vândalos. Sem motivação, eles picharam o teto exterior e interior do veículo. No final de semana, torcedores de times goianos invadiram e causaram confusão nos Terminais Isidória, Cruzeiro, Araguaia e Vera Cruz. Entre as ocorrências foram citados assaltos, briga entre usuários, agressão, pichações no banheiro, depredação de veículos e explosão de um rojão. Houve danificação nos ônibus, tumulto, pessoas feridas e a continuação das viagens foram prejudicadas.

    De maio a setembro, foram registrados 185 atos de vandalismos nos ônibus e terminais do Arco Sul, média de 46 atos por mês. Do total dos casos apurados no período citado, 26 aconteceram na linha 003 (Terminal Maranata/ Rodoviária – Eixo T-7), 10 na 008 (Terminal Veiga Jardim/Rodoviária – Eixo 85) e 10 na 326 (Terminal Garavelo/Residencial Real Conquista). Nas demais linhas, o número de ocorrências varia entre uma e oito. No período escolar, o número de casos aumenta aproximadamente 80. Segundo as informações da pesquisa realizada no ano passado, são as crianças na faixa etária de 12 e 13 anos que cometem a maioria desses atos.

    Segundo informações coletadas no final de 2011, o custo com as reformas e trocas de equipamentos é de aproximadamente R$ 80 mil reais por mês. De acordo com a gerente de terminais, Wilma Avelar, entre as principais ocorrências estão quebra dos tampões e vidros das janelas e portas dos ônibus, danificação de placas dos terminais, pessoas que entram sem pagar passagem e vândalos que soltam a mangueira de ar, fazendo com que as portas fiquem abertas durante a viagem.

    Para controlar os problemas, a RMTC realiza periodicamente trabalho de fiscalização com agentes à paisana no interior de terminais, veículos ou em pontos nos quais denúncias foram feitas. Os terminais contam ainda com seguranças e câmeras de monitoramento; contudo, o diretor geral do RedeMob Consórcio, Leomar Avelino, ressalta que é preciso uma mudança de atitude e de percepção quanto aos bens do transporte coletivo. “É um serviço de utilidade pública e, portanto, deve ser respeitado como bem público. Quando um indivíduo apedreja um veículo, centenas ficarão prejudicadas durante o período de recolhimento do mesmo para reparo. Conscientização e vigilância dos clientes para proteção dos terminais, ônibus e outras estruturas é um ponto importantíssimo”.

    “Avanços importantes estão sendo estabelecidos em relação à segurança pública; mas independente da presença de policiais, o melhor vigilante é o cidadão. Ao alertar e orientar seus amigos em relação à preservação do patrimônio, com certeza os responsáveis por ações de vandalismo se sentirão mais inibidos”; complementa Leomar Avelino.

    É necessário salientar que cada vez que se depreda o patrimônio quem perde é a sociedade. No caso do transporte coletivo, é o cliente. Os terminais deixam de oferecer boas condições estruturais e os veículos rodando passam a operar com atraso ou cancelamento de viagens para que seja feita a substituição do que foi quebrado.