• RMTC esclarece matéria veiculada na TV Serra Dourada

    18/10/2012 Categoria: Esclarecimentos

    À TV Serra Dourada

    Assunto: Imagens enviadas pela telespectadora (Repórter Cidadão) Luciana Calixto, que ilustravam a superlotação do ônibus que faz a linhas 651 (Circular Sul – Via Veiga Jardim)

    A RMTC reconhece a existência de elevada demanda de usuários  em alguns pontos e momentos do transporte público. Salientamos, no entanto, que não se trata de deficiência no planejamento da operação ou carência na quantidade de veículos. Trata-se de um problema conjuntural em que os veículos do Transporte Coletivo não conseguem vencer as barreiras do trânsito, principalmente em razão das variáveis do trânsito (acidentes, problemas de engenharia de tráfego, fatores climáticos, dentre outros), causando acúmulo de passageiros em locais onde o fluxo natural faria o escoamento planejado.
    Reforçamos a análise do Coordenador da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) – Regional Centro-Oeste e superintendente de Desenvolvimento Urbano e Trânsito da Secretaria de Estado das Cidades, Antenor José de Pinheiro Santos feita no Jornal O Popular publicado dia 07/07/2012.

    Segundo o superintendente, a quantidade de ônibus não é o grande problema, mas sim o número de viagens que os veículos conseguem realizar.  Ao todo, são 1371 veículos que circulam nos 18 municípios da Região Metropolitana de Goiânia. Nossa capital possui um sistema de transporte coletivo que é copiado por outras cidades, inclusive no exterior, como é o caso de Santiago, no Chile, além de fazer uso de uma tecnologia de excelência que é a Central de Controle Operacional (CCO), que faz o monitoramento do serviço em tempo real. O que de fato falta em Goiânia é espaço físico para que o ônibus circule em sua velocidade ideal. Não faltam veículos, mas sim quantidade de viagens impedidas devido a essa inviabilidade técnica das vias.

    Com a priorização do transporte individual como os carros e as motos, o espaço físico de circulação do coletivo fica cada vez mais reduzido. Enquanto houver essa disputa de espaço, o problema não terá solução. A abertura das vias, a solução para o problema, depende, sobretudo, do gestor municipal. Cumprir o Plano Diretor significa avanço na política de mobilidade. Um bom exemplo é a construção do corredor preferencial para o transporte coletivo no Eixo Universitário. Com apenas 2,1 km de extensão já foi possível obter um aumento na velocidade média dos ônibus. Entre as 17 e 19 horas, uma viagem que demorava 24 minutos para ida e volta caiu para 19 minutos no mesmo ciclo fechado. Entre as 6 e 7 horas, o pico da manhã, a velocidade média aumentou de 21,82 km/h para 24,15 km/h, um ganho de 20% na velocidade.

    Estão previstos 250 km de corredores exclusivos projetados para toda região metropolitana que resultaria em uma  melhoria na economia de tempo, ganho de qualidade de vida, possibilidade de melhor cumprimento dos horários e melhor distribuição da quantidade de pessoas dentro dos ônibus. Enxergar o transporte coletivo com prioridade para as pessoas que viajam de ônibus, o planejamento apresentado pelas empresas de transportes se aproxima mais da realização prática do que foi aprovado na concessão do serviço. São ações que devem ser priorizadas pelos gestores públicos, indo a favor da Política Nacional de Mobilidade Urbana.