• No transporte, “sustentabilidade ambiental” é sinônimo de solução coletiva

    03/12/2012 Categoria: Por dentro da Rede

    O retorno gradativo ao transporte coletivo e consequente diminuição da locomoção individual já é considerado caminho inteligente a ser adotado pelos grandes centros urbanos. Além de contribuir para um trânsito mais livre, pode ajudar na melhoria da qualidade do ar

     

    Ciclovia entre o Corredor Universitário: transporte sustentável

    Uma forma de contribuir para a melhoria da mobilidade urbana e da qualidade do ar nas grandes cidades é de se adaptar a mobilidade sustentável. O objetivo principal desta ação consiste em reduzir os impactos ambientais e sociais da mobilidade motorizada existente. Para isso, priorizam-se os modos de transporte coletivo, ao invés do automóvel particular.

    Com menos carros nas ruas, o trânsito flui melhor e a poluição tende a diminuir. Para tornar essa opção mais atrativa aos clientes, a RMTC investe na qualidade, segurança, pontualidade e controle de sua frota de ônibus.

    Segundo estudo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Goiânia tem a frota de veículos com menor idade média, comparando-se com as demais capitais brasileiras. Em sua maioria, os veículos rodam há  de três anos, enquanto a última média nacional, registrada em 2011, é de mais de cinco anos. A renovação da frota permite a utilização de tecnologia mais adequada ao controle de emissão de gases poluentes e inspira controle preventivo na manutenção.

    Além de garantir maior segurança aos clientes, os novos veículos também trazem aos passageiros maior conforto. A manutenção é feita diariamente, sempre ao término das operações de cada veículo, para garantir bem-estar aos passageiros durante as viagens. Os terminais, por sua vez, recebem mudanças para adequar ao conceito de transporte sustentável. A criação de bicicletários visa integrar duas formas sustentáveis de locomoção, os ônibus e as bicicletas.

    Os terminais contam com grande número de vagas para atender à demanda dos ciclistas. Um bom exemplo é o Terminal do Cruzeiro, que abriga 278 lugares no bicicletário.Os Terminais Veiga Jardim, Trindade e Senador Canedo também estão passando por reformas para a criação de bicicletários. O objetivo é integrar mais a população com os terminais. No entanto, segundo a gestora de Terminais, Wilma Avelar, é preciso investir ciclovias para dar mais segurança para que os ciclistas consigam chegar aos terminais pedalando.

    Vá de bike
    O trajeto do seu trabalho ou de seu terminal até sua casa ou  é pequeno? Aproveite esse tempo para se exercitar. O uso da bicicleta também contribui para diminuir o trânsito na capital, além de ser uma ótima forma de manter a forma. Já pensou nessa alternativa?Para contribuir com o uso das bicicletas no trânsito, obras de uma ciclovia na Praça Cívica devem ser iniciadas ainda neste ano. Segundo o projeto da Prefeitura de Goiânia, a ciclovia terá cerca de 3 mil metros de extensão.

    O trajeto começa na Praça Cívica, percorre a Rua 10, a Praça Universitária até chegar à Praça da Bíblia, no Setor Universitário. Além desse projeto, a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) constrói uma ciclovia de 14,8 km na Rodovia dos Romeiros, na GO-060. O projeto inicia cerca de 1,5 km à frente do trevo de Goiânia e segue do lado direito da pista até o trevo de Trindade. A expectativa é que o projeto seja concluído até o final do ano.

    Goiânia tem mais carros que São Paulo?
    A qualidade do ar em Goiânia está cada vez pior. É o que comprova a pesquisa da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), realizada em julho deste ano. A pesquisa se baseou no resultado de dois aparelhos que medem a qualidade do ar na capital e que ficaram em locais com grande fluxo de veículos, como a Praça Cívica e a Praça do Trabalhador, para analisar a poluição atmosférica gerada nos locais. Os dados levantados registraram alguns picos de emissões, principalmente no tempo seco, com tendência de piora com o aumento da frota de veículos da capital goiana.

    Segundo relatório divulgado neste ano pelo Observatório das Metrópolis, a capital chegou ao número de um milhão de carros em 2011. A marca deixa Goiânia com a porcentagem de praticamente um veículo para cada habitante. O que assusta quando comparado a outras grandes capitais brasileiras. São Paulo e Rio de Janeiro possuem um carro para cada dois habitantes. Estudo do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostra também, que a quantidade de carros nas ruas goianas poderá se igualar ao número de habitantes que vivem na capital em 2015. Se o porcentual continuar no ritmo que está, em 2020, a frota de veículos goianos pode dobrar, chegando a mais de 1,7 milhões de veículos.

    Os números podem até parecer pequenos, mas imagine o impacto de 1,7 milhões de veículos saindo e voltando para casa todos os dias? Assim como os índices de emissão de gases prejudiciais à saúde, os problemas relacionados ao trânsito também tendem a crescer cada vez mais. Estacionamentos lotados, congestionamentos, vias cheias de carros, maior número de acidentes de trânsito e, consequentemente, o aumento da poluição.