• Mães precisam estar atentas às crianças na hora do embarque

    27/10/2012 Categoria: Por dentro da Rede

    Em outubro, uma mãe foi ao banheiro do terminal e não percebeu que o filho com Síndrome de Down embarcou sozinho em ônibus. Casos como este são comuns em terminais

    Maria Clara, Cristiane Gonçalves, Maria Eduarda e Maria Gonçalves: atenção nas crianças

    Uma pequena fração de segundo pode se tornar horas de desespero. É esse o sentimento de uma mãe quando percebe que está sem o filho pequeno ao seu lado. Este tipo de situação não escolhe hora nem lugar para acontecer, basta apenas um descuido por parte dos pais. Locais com grande aglomeração de pessoas, no entanto, são mais propensos à situação, como shoppings, supermercados e feiras livres.

    Nos Terminais de Ônibus da Região Metropolitana de Goiânia a situação é ainda mais delicada. Isso porque, além de ser um local com grande aglomeração de pessoas, o descuido maior acontece durante o embarque e desembarque nos ônibus. Não raro, os pais embarcam nos veículos sem perceber que o filho ficou na plataforma. Ou o contrário: num instante de desatenção, a criança embarca em algum ônibus sem que os pais tenham visto.

    A controladora de acesso no Terminal do Cruzeiro, Dione Marques, conta uma história, presenciada por ela na primeira quinzena de outubro. “Uma mãe foi ao banheiro do terminal e deixou o filho, que tem síndrome de down, do lado de fora esperando. A criança acabou pegando um ônibus enquanto a mãe estava ausente”. Quando deu pela ausência do filho, a mãe ficou desesperada. No entanto, Dione conta que a mulher teve sorte: pouco depois, ela recebeu uma ligação da APAE Goiânia contando que o filho pegou o ônibus certo rumo à associação.

    Olhos de águia
    Bem diferente da história relatada por Dione, a dona de casa Cristiane Gonçalves da Silva fica bem atenta às duas filhas, Maria Clara, de oito anos, e Maria Eduarda, que tem apenas cinco. “Toda vez que saio com as duas juntas, coloco uma em cada braço para não correr risco!”, conta Cristiane. “Fico de olho o tempo todo”. Ela conta com a ajuda da avó das crianças, Dona Maria Gonçalves, para prestar atenção nas pimpolhas.

    Já Marivânia Conceição Pereira, mãe da Victória Beatriz, de dez anos, e do Vinícius Eduardo, de oito, conta que não desgruda dos filhos por nada. Além do medo de perdê-los, ela explica que existe muita gente estranha e má intencionada que pode se aproveitar da ingenuidade das crianças.

    Central de Operações
    Quando uma criança entra no ônibus sem que os pais percebam, entra em cena a nossa Central de Operações. Assim que os pais percebem a falta e avisam os funcionários dos terminais, estes entram em contato via rádio com a Central de Controle Operacional (CCO) que, por sua vez, mantém contato direto com os motoristas.

    Ao saber da situação, os operadores da CCO entram em contato com todos os motoristas referentes à linha que a criança embarcou, descrevendo as características físicas e as roupas usadas pelo desaparecido. O motorista que localiza a criança avisa a Central de Operações. Os operadores, por sua vez, informam os pais da criança sobre a localização dela, permitindo o reencontro.

    QUAIS CUIDADOS É PRECISO TER:
    – Ande sempre de mãos dadas com a criança
    – Ao esperar pelo ônibus no ponto, coloque a criança no colo
    – Não deixe seu filho solto pelos Terminais
    – Quando for ao banheiro, leve a criança com você
    – Não se distraia ao comprar um lanche, falar ao celular ou conversar com alguém
    – Ao embarcar, certifique-se que a criança entrou no ônibus com você
    – O mesmo vale ao desembarcar

    Dione Marques: histórias de mães que perdem os filhos

    Marivânia Conceição, Victória Beatriz e Vinícius Eduardo: mãe não desgruda dos filhos nos terminais