• Convivência diária aproxima motoristas e clientes

    01/03/2013 Categoria: Por dentro da Rede

    Conheça a história de Dona Ana e Seu Joaquim, dois grandes amigos que se conheceram graças ao trabalho dele como motorista da RMTC

    Dona Ana e Seu Joaquim: convivência diária

    Não é difícil encontrar histórias de amizades verdadeiras e duradouras que tenham pontos em comum. Geralmente, amizades assim surgem da relação diária com um vizinho, um colega de trabalho, um amigo da família ou um primo de segundo grau. Mas o carinho que nutre a relação entre Dona Ana e o Seu Joaquim surgiu de forma pouco provável. Ela é moradora do Papillon Park há mais de trinta anos. Ele é motorista de ônibus da consorciada Rápido Araguaia há dezessete anos.  Há dois, Joaquim é o motorista responsável pela linha de ônibus que atende o mesmo residencial onde mora Dona Ana. E como os dois se conheceram? Ela mora em frente ao ponto final da linha 540, onde o motorista tira seu intervalo de descanso.“Antes de começar a fazer esta rota da linha 540, eu já ouvia meus colegas motoristas comentarem sobre a Dona Ana do Residencial Papillon. Todos diziam que ela era uma senhora muito simpática e que tinham grande respeito e admiração por ela” conta José Joaquim da Silva.

    “Depois que comecei a fazer esta rota, tive a oportunidade de conhecer essa pessoa maravilhosa e constatar o que meus colegas já falavam. A Dona Ana é como se fosse uma mãe para todos nós aqui do Papillon!” complementa o motorista. Desde então, a amizade só tem crescido a cada dia, através da convivência diária.

    Amigos de longa data
    Apesar do carinho pelo Seu Joaquim, a amizade com os motoristas não é novidade para Dona Ana. “Faz oito anos que tenho essa proximidade com eles. Sempre os via descansando aqui na porta de casa, até que resolvi dar um apoio. Comecei a fazer cafezinho, oferecer água gelada na garrafa e uma companhia para conversar. Acabei fazendo amizade com todos eles” conta empolgada. Nostálgica, a dona de casa relembra a primeira amizade que fez com um motorista da RMTC. “O nome dele era Reinaldo. Construímos uma amizade muito grande! Sempre que ele estava no período de intervalo, a gente proseava aqui em casa. Às vezes eu cozinhava pra gente, outras vezes era ele quem trazia alguma coisa gostosa pra gente comer juntos no intervalo. Até que ele foi remanejado para outra linha de ônibus. Mas continuo tendo um carinho muito grande, assim como por todos os motoristas” afirma.

    E se engana quem pensa que apenas Dona Ana oferece apoio aos motoristas. Como qualquer amizade, a relação entre ela e os funcionários do transporte coletivo é uma via de mão dupla. “Certo dia, Seu Joaquim se prontificou a lavar a minha caixa d’água que já estava bem suja. Ele também já me ajudou a consertar um cano do banheiro que estava pingando e incomodando muito. É realmente um grande amigo!” E com toda a sabedoria que os anos de vida lhe proporcionaram, Dona Ana resume a relação de troca e apoio em uma frase simples, mas que diz tudo: “A gente tem que plantar para colher, não é mesmo?”

    Dona Ana prepara mesa com café para motoristas

    Cliente? Amigo? Ou os dois?

    Que a relação de amizade entre Seu Joaquim e Dona Ana é uma história muito bonita, ninguém tem dúvidas. Mas o motorista não é querido apenas pela dona de casa. Quando entrevistamos os passageiros que estavam prestes a subir no ônibus da linha 540 comandado por José Joaquim, a opinião era unânime: todos têm um carinho imenso pelo motorista.“A relação de todos nós com o Seu Joaquim é ótima! Mais do que o motorista do ônibus que a gente pega todos os dias, ele é nosso amigo! Muito educado, conversa com todo mundo, sempre ajuda quem tem dificuldades de subir no ônibus. Quando estamos longe do ponto e corremos para conseguir subir no veículo antes que ele saia, o Joaquim espera a gente com calma e respeito” explica a professora Margarete Andrade, moradora do Papillon Park e cliente da linha 540.

    A admiração dos clientes com o motorista é recíproca. “Se me perguntarem o nome de todos os passageiros eu sei dizer” conta, orgulhoso, o Seu Joaquim. “São clientes que encontro todos os dias. Sempre recebo cumprimentos de ‘bom dia’ ou ‘boa noite’ acompanhados de um sorriso. Durante a viagem, conversamos sobre o dia-a-dia uns dos outros” complementa o funcionário.