• A influência do esporte na formação profissional

    28/06/2013 Categoria: Por dentro da Rede

    Carlos Cezar Catem, praticante do caratê de contato, demonstra que ensinamentos da modalidade auxiliam na disciplina profissional

    Caráter. Fidelidade. Esforço. Respeito. Prudência. Autoconhecimento. Para alguns, essas palavras apenas refletem as características que se espera encontrar nas pessoas, mas para os praticantes do caratê elas representam os princípios estabelecidos para contribuir na formação moral do cidadão.

    O motorista Carlos Cezar Catem, praticante do caratê de contato, é faixa preta e treina três vezes por semana sob a orientação do sensei de 7º Dan, Eliziar Gomes da Silva, na academia Kronos Dojo. Ele destaca que os ensinamentos do esporte auxiliam em sua formação disciplinar e profissional. Além disso, explica que a prática tem grande influência na construção da personalidade e do caráter da pessoa.

    “O código de honra do praticante de caratê ensina atitudes e posturas de autocontrole emocional, o que é essencial quando a gente trabalha lidando com muitas pessoas”, conta. Carlos ainda ressalta que o aprendizado contribui na relação com o cliente, pois aprende a lidar com mais facilidade com os diversos tipos de atitudes e, conseqüentemente, realizar um trabalho melhor. “O esporte cria também uma relação de respeito e de confiança que eu utilizo diariamente em meu trabalho”.

    Medalha de bronze

    Carlos pratica caratê há três anos, mas a paixão vem desde a adolescência. Ele treinou dos 16 aos 18 anos, mas precisou interromper as aulas para ingressar na Marinha. E a paixão é levada a sério. Ele participou do Campeonato Brasileiro de Caratê, disputado em setembro em Goiânia, e ficou em terceiro lugar na categoria peso pesado. Juntamente com a equipe da academia onde treina, ele também conquistou uma premiação na demonstração de Kata, que é um conjunto de movimentos de ataque e defesa realizados em conjunto. No total, Carlos e os colegas conquistaram 16 das 17 medalhas disputadas.

    Carlos diz que a modalidade combina golpes e movimentos de diferentes artes marciais e que os alunos aprendem a bater para não ter que bater. “O caratê de contato se inicia sempre com movimentos de defesa, ou seja, nós não treinamos para começar uma luta, mas sim para nos defender de golpes”, explica ele. Nessa modalidade, o esportista treina principalmente braços e coxas, aprendendo estratégias e desenvolvendo coordenação motora e mobilidade articular.

    Ele conta que não segue nenhuma dieta específica, mas que procura manter uma alimentação saudável. “É difícil ter uma dieta determinada, como sou motorista não posso parar a qualquer momento nem escolher restaurantes que ofereçam uma comida balanceada. Mas como muita salada e frutas”, afirma. E além dos benefícios físicos e psicológicos, o caratê ainda uniu a família de Carlos. A esposa e as duas filhas, uma de cinco e outra de sete anos, também praticam o esporte.