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Aparecida recebe relevantes melhorias no serviço de transporte público coletivo, será implantada a RMTC Aparecida
A pauta da mobilidade está presente no dia a dia dos grandes centros urbanos do Brasil e do mundo. Cidades como Paris, Londres, Nova Iorque e Bogotá, que têm, reconhecidamente, sistemas eficientes de transporte público, buscam a todo instante melhorias afim de conseguir otimizar e dar mais qualidade aos deslocamentos de seus habitantes.
No Brasil, Curitiba experimentou nos anos 90 uma revolução urbana a partir de investimentos na rede de transporte público, impulsionando outras cidades como São Paulo, Porto Alegre e Goiânia a buscarem equacionar melhor esse atributo fundamental para o planejamento urbano.
Aparecida de Goiânia, que completa dia 11 de maio 96 anos, é muito jovem se comparada a algumas cidades multicentenárias acima citadas, entretanto, caminha a passos largos para ser motivo de orgulho de seus moradores também no quesito da mobilidade.
Aparecida em transformação
É importante ressaltar a metamorfose econômico social que está em curso em Aparecida de Goiânia. O fato de ainda estar acontecendo, exige de todos um exercício para enxergar essa transformação sem o contágio natural da empolgação, contudo, sem negar a importância desses dados na régua da história.
Entre 2009 e 2015 a Prefeitura investiu um montante de 717,8 milhões de reais em infraestrutura, saúde e educação. Para se ter um parâmetro comparativo, segundo o “Anuário Multi Cidades” da Frente Nacional dos Prefeitos, alguns anos nesse período o investimento em Aparecida foi maior que o realizado nas cidades de Anápolis e Goiânia juntas, sendo essas detentoras dos maiores PIB´s do estado de Goiás.
A disposição de espaço, o potencial para atrair investimentos em infraestrutura e a logística de transporte propiciou o desenvolvimento de uma vocação industrial na cidade. Nos últimos 10 anos, ampliou-se em quase 7 vezes o número de empresas ativas registradas no município e 6 vezes a quantidade de indústrias. O Ministério do Trabalho registra por volta de 100 mil homens e mulheres que hoje trabalham com carteira assinada em Aparecida de Goiânia.
Universidades, shoppings e complexos de saúde, como o Hospital de Urgências – HUAPA, foram inaugurados para responder a expectativa da população que, naturalmente, quer e exige os benefícios oriundos desse processo de mudança de status da cidade.
O transporte público tem que acompanhar o bonde da história e se ajustar para atender os novos desejos e necessidades da população de ir e vir. Hoje, 17% de todas as viagens realizadas na Região Metropolitana correspondem a Aparecida de Goiânia. São 101 mil viagens diárias, das quais 60% tem origem e destino para os 17 municípios na Região Metropolitana de Goiânia. Contudo, 40% das viagens são realizadas dentro da própria cidade, o que mostra uma redução significativa de dependência da Capital, comum às outras cidades que compõe a RMTC. Isto evidencia a necessidade de mudanças no serviço de transporte público coletivo, de modo que os aparecidenses possam ser beneficiados com um atendimento local. A RMTC Aparecida, sub-rede da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC), surge com este propósito.
RMTC Aparecida
O planejamento operacional da RMTC Aparecida fora desenvolvido para valorização da cidade, com foco no atendimento local e é formada por um conjunto de linhas alimentadoras e estruturantes do transporte público coletivo, integradas à rede metropolitana. A proposta é interligar as diversas regiões ao centro da cidade, proporcionando mais opções de viagens aos cidadãos.
É de suma importância que os Aparecidenses continuem atendidos por uma rede única e integrada. As linhas estruturantes que ligam Aparecida à Goiânia e outros 16 municípios da Região Metropolitana permanecem inalteradas. Portanto, o nome RMTC Aparecida não concorre e sim integra a RMTC – Rede Metropolitana de Transportes Coletivos.
Serão implantadas 6 novas linhas estruturantes locais de forma gradual para que se possa avaliar e, se necessário, promover pequenas correções no que tange a operação. A RMTC Aparecida contará com 56 linhas. Destas, 46 linhas são alimentadoras e 10 estruturantes. Ao todo, serão 1.105 quilômetros lineares cobertos por atendimento de transporte coletivo, com 1.285 pontos de embarque e desembarque, tudo isso conectado em 6 terminais de integração. Somadas outras 22 linhas que fazem a ligação entre Aparecida e Goiânia, a cidade passa a ser atendida por 78 linhas de ônibus.
A definição das rotas foi realizada a partir da análise dos dados da matriz de origem e destino do transporte coletivo. Os novos traçados privilegiaram o sistema viário arterial, em especial das novas vias implantadas pelo município, e em completa sintonia com as áreas de desenvolvimento urbano previstas na revisão do Plano Diretor.
A prefeitura trabalha todos os dias para que Aparecida continue em destaque no cenário nacional no que tange a excelência na gestão pública. O Índice de Desenvolvimento Humano – IDH do município aumentou de 0.582 (baixo) para 0,718 (alto) em apenas 10 anos (2000 – 2010), propiciando uma escalada de quase 600 posições no ranking brasileiro. A implantação da RMTC Aparecida reforça a sintonia do serviço de transporte público coletivo com o progresso da cidade.
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Rmtc disponibiliza bicicletários em 14 terminais
O crescente número de automóveis nas vias traz consigo algumas preocupações e a necessidade de reflexão sobre seu uso excessivo. Além do aumento de engarrafamentos e maior poluição, o transporte individual motorizado tem se tornado uma opção economicamente inviável para muitos devido ao aumento frequente dos combustíveis.
Dentro deste cenário, o transporte público coletivo se mostra indispensável para a diminuição do número de veículos automotores nas ruas, e a bicicleta uma aliada para a conquista de um espaço viário mais democrático.
Com o intuito de cooperar com a mobilidade urbana, O RedeMob Consórcio disponibiliza bicicletários em 14 de seus terminais. Isso possibilita que o cliente do transporte público vá até o terminal sem precisar de veículo automotor, deixe sua bicicleta em um dos locais reservados, e embarque no ônibus desejado.
Ao contrário do transporte particular, tanto o transporte público coletivo quanto a bicicleta oferecem mais atributos relacionados à sustentabilidade socioeconômica e ambiental.
Confira a lista dos 14 terminais que possuem bicicletários:
- Terminal Araguaia
- Terminal Bandeiras
- Terminal Cruzeiro
- Terminal Garavelo
- Terminal Goiânia Viva
- Terminal Isidória
- Terminal Maranata
- Terminal Nerópolis
- Terminal Parque Oeste
- Terminal Senador Canedo
- Terminal Trindade
- Terminal Veiga Jardim
- Terminal Vera Cruz
- Terminal Vila Brasília
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Ética e gentileza: ferramentas fundamentais da vida em sociedade
Na vida em sociedade é comum nos depararmos com padrões éticos como, por exemplo, em escolas e empresas, que aplicam sobre seus alunos e funcionários regras internas como mecanismo para o alcance de metas e objetivos através de um bom andamento nos seus processos de trabalho. Entendida como um conjunto de princípios e valores morais, a ética tem fundamental importância para o convívio humano em sociedade. Ela, porém, depende da consciência e da ação conjunta de todos os cidadãos envolvidos. Como resultado fica o alcance de um ambiente no qual é colocado em prática o conhecido slogan “gentileza gera gentileza”.
No transporte público coletivo essa lógica não se difere. O convívio diário com motoristas e outros funcionários, bem como com outros passageiros nos oferece inúmeras oportunidades de exercer nossa conduta ética e, assim, nos tornarmos pessoas melhores em um mundo melhor. Um simples “bom dia” pode tornar mais leve o dia de um motorista que, com esforço e dedicação, transporta centenas e até milhares de pessoas em diversas viagens. Os passageiros, ao compartilharem entre si o espaço dos ônibus, têm em suas mãos um eficiente instrumento para tornar seus percursos e seus dias melhores: a ética que, por sua vez, vem sempre acompanhada do respeito!
Em Goiânia, o motorista Robson ficou popular ao iniciar suas viagens com um educado cumprimento e desejo de bom dia aos passageiros.
Em um ambiente coletivo a diversidade é característica intrínseca, tendo em vista que múltiplas identidades ali se reúnem. Como um aspecto natural, os mais jovens são mais fortes e ágeis, enquanto os idosos já encontram algumas dificuldades de locomoção. Os jovens, porém, também podem se encontrar em condições mais restritas quando, por exemplo, se tratam de grávidas, pessoas com alguma deficiência, pessoas obesas ou aquelas que tenham sofrido alguma lesão ou fratura.
Para tornar nossas viagens e nossos dias melhores, cabe a cada um de nós reconhecermos quando há alguém que necessite de mais cuidados. Seja dando espaço a alguém no momento do embarque, segurando os objetos para outro passageiro que esteja em pé ou simplesmente cumprindo as regras de prioridade aos assentos destinados a idosos, grávidas, pessoas obesas ou com deficiência, todos podem ajudar! Experimente! Seja gentil!
Como medida educativa, o RedeMob Consórcio, junto ao Ministério Público do Estado de Goiás, desenvolveu a campanha “Respeito não tem acento mas o assento exige respeito”, que visa estimular a todos os usuários do transporte público coletivo da RMG a praticarem as regras de prioridade aos assentos.
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A matemática da mobilidade
Um carro de médio porte ocupa, aproximadamente, 8m² e transporta até 5 pessoas.
Um ônibus básico ocupa, aproximadamente, 56m² e transporta até 70 pessoas.
O mesmo espaço ocupado por um ônibus é equivalente a 7 carros que, por sua vez, podem transportar até 35 pessoas, ou seja, metade da capacidade de um ônibus.
Em movimento, ao serem consideradas as distâncias de segurança necessárias entre os veículos, a capacidade das vias e, consequentemente, o número de veículos em circulação diminuem.
Em 2001, o Departamento de Trânsito de Munique (DTM) comparou os espaços necessários para deslocamentos por ônibus, bicicleta e carro. A imagem a seguir foi inspirada no experimento realizado pelo DTM.
O transporte público é capaz de transportar muito mais pessoas do que o carro. A economia vai além do espaço gasto: o transporte público contribui para a redução de acidentes de trânsito, de emissões de poluentes atmosféricos e até mesmo de espaço público. Espaços destinados aos automóveis podem ser reduzidos e, assim darem lugar ao transporte público, aos pedestres, aos ciclistas, às atividades de lazer, cultura, diversão e natureza.
Trânsito não se resolve dando mais espaço aos carros, mas sim às pessoas.
A matemática da mobilidade é simples: o coletivo é sempre melhor para todos!
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Gestão Doria diz que não faltarão recursos para corredores de ônibus, mas fala em prioridades na definição dos investimentos
Decreto transferiu R$ 192 milhões que eram para a implantação de espaços para o transporte coletivo para recapeamento de vias de trânsito comum
ADAMO BAZANI
A SPTrans – São Paulo Transporte informou na noite desta sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018, que não irão faltar recursos para a implantação de novos corredores de ônibus na cidade, mesmo com a transferência de R$ 192 milhões reservados para este fim e que foram remanejados para o programa de recapeamento de ruas e avenidas que recebem trânsito comum, contando com o transporte individual.
O decreto transferindo os recursos foi publicado na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da Cidade e revelado em primeira mão pelo Diário do Transporte, já no início da manhã.
Relembre:
Em nota ao Diário do Transporte, a SPTrans disse que os remanejamentos são permitidos por lei e que seguem as “prioridades” da gestão. A gerenciadora dos transportes ainda afirmou que não haverá prejuízos às estimativas de novos corredores, que vão contar com recursos do fundo do trânsito.
“A SPTrans informa que as alterações são definidas pelas prioridades da gestão. O remanejamento orçamentário é permitido por lei, no limite de 9% do seu total.
Esta alteração não acarreta qualquer prejuízo à implantação de corredores na cidade. O orçamento para este fim está mantido, proveniente do Fundo Municipal de Desenvolvimento de Trânsito (FMDT).”
A cidade possui em torno de 130 quilômetros de corredores de ônibus, sendo que apenas oito quilômetros são de BRT – Bus Rapid Transit, o Expresso Tiradentes, que desde 5 de fevereiro está com um trecho de 300 metros interditado, entre a rua Dona Ana Néri e o Terminal Parque Dom Pedro II, devido ao afundamento da pista. – Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2018/02/06/trecho-do-expresso-tiradentes-afunda-e-prefeitura-interdita-300-metros/
A falta de espaços adequados para os ônibus é apontada por profissionais de transportes como um dos motivos de o sistema não ter a eficiência e qualidade esperadas pela população.
No ano passado, das 35.428 reclamações sobre o sistema de ônibus, em primeiro lugar apareceram as queixas motivadas pelo tempo de espera nas paradas, com 9.285 registros.
Na nota ao Diário do Transporte, a SPTrans diz que tanto o número de queixas totais, como especificamente pelos intervalos entre os ônibus, caiu no ano passado em relação a 2016.
“A SPTrans esclarece ainda que em 2017, o número de reclamações de passageiros caiu 27%. Houve 9.285 queixas por intervalo excessivo da linha, número que é 12,4% inferior ao registrado em 2016, quando foram anotadas 10.611 reclamações desse tipo. A fiscalização eletrônica sobre o sistema de transporte foi ampliada e uma série de medidas foi adotada pela SPTrans, com base nas queixas mais comuns dos usuários, com o propósito de melhorar a qualidade dos serviços prestados.” – completa a nota.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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