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Transporte em foco: prioridade para o coletivo
Série de reportagens do jornal O Hoje propõe abordagem mais profunda sobre transporte público e discute soluções efetivas para os problemas de mobilidade urbana da Região Metropolitana de Goiânia
Desde o último dia 5, diversos assuntos relacionados ao trânsito e à mobilidade urbana na Grade Goiânia vêm sendo debatidos por especialistas e autoridades da área de forma esclarecedora na série de reportagens Transporte em Foco, produzida pelo jornal O Hoje. As matérias se aprofundam na busca de possíveis soluções para o tema, superando a postura comumente assumida por grande parte dos veículos de imprensa locais e nacionais, de focar nos problemas e procurar culpados.
As quatro matérias publicadas até esta sexta-feira destacam questões como a necessidade de se priorizar o transporte coletivo, a influência do trânsito mal sinalizado na locomoção dos pedestres e deixam claro que o aumento da frota de ônibus sem uma efetiva mudança estrutural nos espaços urbanos não é capaz de resolver os problemas de atrasos e superlotação.
Pesquisa feita pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) mostra que os gastos do transporte individual são maiores que as despesas com transporte coletivo, embora a proporção do número de pessoas que se locomovem diariamente através destes meios seja justamente o inverso. Os estudos e a experiência dos grandes centros urbanos que se tornaram referência em mobilidade urbana mostram a importância de se investir nos modos coletivos como única alternativa para a saturação do sistema viário nas cidades.
Antenor Pinheiro, coordenador regional da ANTP, fala da possibilidade de haver a regulação para uso dos carros e da urgência em interromper os incentivos para a compra de novos veículos individuais. A solução estaria também na construção de corredores exclusivos para ônibus, que possibilitariam viagens mais rápidas e cumprimento dos horários com maior eficácia. A proposta pode começar a se tornar realidade em Goiânia ainda nos próximos meses, com os novos corredores preferenciais que serão implantados em cinco pontos estratégicos da capital.
A série Transporte em Foco traz ainda declarações da arquiteta e urbanista Erika Cristine Kneib, mestre e doutora em Transportes. Segundo ela, o aumento do número de ônibus pode ajudar desde que haja infraestrutura adequada. A respeito dos corredores exclusivos, Erika ressalta que essa é uma decisão acertada e que os corredores são fundamentais para a mobilidade. “Melhor ainda se integrada a uma rede cicloviária inteligente e sistemas de calçadas seguras”, acrescenta.
O direito dos pedestres é pouco lembrado em meio a tantas discussões sobre mobilidade urbana, porém, além de mostrar as queixas de motoristas e de usuários do transporte coletivo sobre este assunto, o Jornal O Hoje destacou as dificuldades enfrentadas pelos pedestres ao circular pelas calçadas repletas de buracos, lixo amontoado e carros estacionados de maneira irregular.
Para o jornalista e gestor de Relacionamento do RedeMob Consórcio, Marcos Villas Boas, reportagens que aprofundam a discussão sobre a mobilidade urbana enriquecem o debate e dão à sociedade mais conhecimento sobre questões que normalmente não são consideradas. “A imprensa deve atuar de forma ética e responsável na produção de informações que sejam capazes de promover mobilização e transformação social. Quanto maior for a compreensão da sociedade sobre os assuntos que a envolvem, maior será sua capacidade de cobrar e agir efetivamente pela construção de novas ideias em busca do melhor funcionamento das cidades”, destacou.
Todas as reportagens da série estão disponíveis no portal do jornal O Hoje:
Pedestre ainda não é prioridade
Mais veículos não resolvem problema do transporte
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Concessionárias assinam acordo operacional para extensão do Eixo Anhanguera
Na tarde de quarta-feira, 6, quatro concessionárias da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos da Grande Goiânia (RMTC) assinaram o Acordo Operacional que vai regulamentar a operação do serviço nas regiões que serão impactadas pelo projeto de extensão do Eixo Anhanguera até os municípios de Trindade, Goianira e Senador Canedo. A assinatura do documento aconteceu no gabinete do Secretário de Estado da Casa Civil, José Carlos Siqueira, e contou com a presença de representantes da Metrobus, Rápido Araguaia, Reunidas e Cootego, do RedeMob Consórcio e do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (Setransp), além do titular da Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos e membro da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), João Balestra.
O corredor exclusivo da Avenida Anhanguera liga as regiões Leste e Oeste de Goiânia através de uma linha estrutural com 13,8 Km de extensão operada pela Metrobus. A linha será entendida para além da Avenida Anhanguera, passando a ter 70 km de extensão e alcançando os municípios de Trindade (via GO-060), Goianira (via GO-070) e Senador Canedo (via GO-403), que já integram a RMTC e são atendidos por ônibus convencionais da Rápido Araguaia, Reunidas e Cootego.
“Um dos diferenciais da Região Metropolitana de Goiânia é o fato de termos aqui uma rede de transporte público por ônibus integrada, que atende as mais diversas demandas de origem e destino. A unidade operacional da RMTC permite que as pessoas utilizem linhas operadas por mais de uma concessionária pagando uma única tarifa para se deslocarem pelos 18 municípios”, destacou Leomar Avelino, diretor geral do RedeMob Consórcio.
“Concluída esta primeira etapa de ajustar as questões técnicas e jurídicas da cooperação entre as concessionárias, nós entraremos agora na fase de implantação do projeto, com a preparação de toda a infraestrutura e a aquisição dos ônibus necessários para iniciarmos a operação de fato. Nossa expectativa é que consigamos fazer isto até o fim deste ano”, explicou o presidente da Metrobus, Marco Antonio Ferreira.
O Acordo Operacional foi protocolado nesta quinta-feira, 7 de agosto, na Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), onde aguardará análise e anuência.
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Em 2013, 175 milhões de passageiros deixaram de usar ônibus no Brasil
Um levantamento anual feito pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostra que houve redução de 1,4% no número de passageiros transportados, comparando o ano de 2013 ao de 2012. O percentual equivale a uma perda de 560 mil passageiros no sistema de transporte coletivo por ônibus por dia, com base em dados de nove capitais brasileiras mais representativas. Os dados estão publicados no Anuário NTU 2013/2014 e foram apresentados, hoje, durante coletiva de imprensa na sede da entidade em Brasília.
Segundo o presidente da NTU, Otávio Cunha, desde 1994 a produtividade do setor vem sendo prejudicada devido à queda da velocidade operacional, ao aumento dos custos dos insumos e à competição crescente com o transporte individual. “Todos esses fatores somados à queda do número de passageiros e ao aumento do óleo diesel colaboram para o cenário preocupante que o transporte público vive no país. É preciso que haja maior comprometimento do poder público com o setor”, alerta Cunha.
Em 2013 também houve um aumento real de 2,75% no preço médio do óleo diesel, que é um dos principais insumos e representa uma parcela considerável dos custos operacionais das empresas. No entanto, após a coleta de dados da série histórica da NTU, realizada em outubro, houve dois aumentos consecutivos no preço do óleo diesel. Portanto, no período de dezembro/2012 até dezembro/2013, foi verificado um reajuste de quase 17% no preço do litro desse combustível.
Os indicadores da NTU ainda apontam para a consolidação da tendência de queda histórica da demanda, que alcançou a marca de 30% nos últimos 18 anos; e a redução real de 4,9% no valor da tarifa média ponderada em relação ao ano de 2012, nas cidades avaliadas pela NTU – Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
O Anuário NTU 2013/2014 contém diversos dados do setor de transporte público urbano por ônibus e está disponível para download no site da NTU.
Fonte: NTU
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Tá na Mão: Novo serviço de perdidos e achados da RMTC
Nesta quarta-feira, 30, o RedeMob Consórcio lançou oficialmente o Tá na Mão. O novo serviço de perdidos e achados oferece mais praticidade, comodidade e proteção para a recuperação de objetos perdidos dentro dos ônibus e terminais da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC).
Antes não havia uma Central que organizasse em um só lugar a guarda e devolução de tudo aquilo que era encontrado. Para entregar e principalmente localizar um objeto o cliente precisava ligar ou ir a vários locais diferentes, como ainda acontece na grande maioria das capitais.
Agora quem encontrar algum objeto perdido no transporte coletivo pode entregá-lo ao Encarregado de qualquer um dos 14 terminais geridos pelo RedeMob Consórcio. Todo o material recolhido nos terminais e nas garagens será encaminhado para a Central Tá na Mão, onde cada item é cadastrado em um banco de dados e fica à disposição do proprietário por 30 dias.
Quem perdeu ou esqueceu um objeto que possa ser identificado pelo nome do proprietário, como documentos pessoais, agenda, exames médicos, dentre outros, pode verificar se o item está ou não na Central fazendo uma busca pela internet, no site www.rmtcgoiania.com.br, ou pelo telefone 0800-648-2222.
Para localizar objetos que não possuam o nome do proprietário, como roupas, acessórios, bolsas, guarda-chuvas, etc., é necessário ir diretamente à Central, informar as características do objeto e apresentar um documento pessoal com foto.
A Central Tá na Mão fica no Terminal Bandeiras (Av. dos Alpes, Jardim Europa – Goiânia) e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h e das 15h às 18h, e aos sábados, das 8h às 12h.
O serviço não está disponível nos terminais do Eixo Anhanguera – Novo Mundo, Praça da Bíblia, Praça A, Dergo e Padre Pelágio, que são geridos pela Metrobus S/A.
Benefício para o cliente
Nos três meses em que o serviço funcionou de forma experimental, a Central recebeu e cadastrou mais de 1.400 itens e devolveu cerca de 120. Documentos pessoais, como identidade, CPF, carteira de habilitação e carteira de trabalho, representam grande parte dos itens que chegam à Central, seguidos por carteiras com documentos, exames médicos e mochilas.
A Gestora de Terminais do RedeMob Consórcio, Wilma Avelar, afirma que, com o início da divulgação, a expectativa é que a procura pelo serviço seja cada vez maior. “Tanto a entrega quanto a busca agora podem ser feitas de uma forma muito mais rápida e prática. À medida que o Tá na Mão se tornar conhecido, a tendência é que as pessoas se sintam mais seguras para devolver aquilo que encontrarem e também buscar aquilo que foi perdido. Essa proposta de centralizar o Perdidos e Achados é um diferencial oferecido por poucas concessionárias de transporte público no Brasil”, destacou.
Marlene Maria de Morais (58) foi uma das primeiras a se beneficiar com o novo serviço. Ao perceber que havia esquecido uma pasta com exames e documentos importantes dentro de um ônibus da linha 175 (Pq. Anhanguera / Rodoviária – Via T-63), ela procurou a ajuda de um funcionário no Terminal Bandeiras e foi encaminhada até a Central Tá na Mão. “Passei os meus contatos e três dias depois eles me ligaram dizendo que a pasta havia sido localizada. Quando cheguei lá no terminal quase não acreditei! A pasta estava completinha, não faltava nada. Fiquei muito feliz e agradeci demais. Acho que é um serviço muito bom pra gente que vive nessa correria e muita gente vai poder se beneficiar dele”, contou a comerciante.
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25 de julho: uma data dedicada a quem move a vida das cidades
No dia 25 de julho é comemorado o Dia do Motorista. Nada mais justo do que ter uma data especial no calendário para demonstrar a importância que esses profissionais representam para a vida da grande parcela da população que faz do transporte coletivo seu principal meio de locomoção.
Só na Grande Goiânia são cerca de quatro mil motoristas movimentando a vida de 750 mil pessoas que viajam diariamente, em média, na Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC). Paulo César é um deles. O motorista da Cootego iniciou sua carreira há 15 anos e atualmente conduz as linhas que vão até ao Campus Samambaia. Ele conta que é bastante calmo no trânsito e que mantém boa relação com seus passageiros. “Os estudantes são muito educados, já conhecem a gente por pegarem o ônibus todo dia e sempre nos cumprimentam”, diz satisfeito. Paulo César tem uma rotina diferente da maioria dos trabalhadores: acorda às 3h30 e retorna às 15h para relaxar e assistir à televisão, o que mais gosta de fazer quando está em casa.
Já seu colega Gleidson, faz da bicicleta seu principal hobbie. Quando questionado sobre o que costuma fazer para descansar, o profissional da Rápido Araguaia não teve dúvidas: “Gosto muito de pedalar. Para aliviar um pouco o estresse eu ando de bike, faço trilhas, passeios na cidade, participo de reuniões com grupos de ciclistas, inclusive faço parte de uma equipe, a Shalon.” Gleidson é bastante preocupado com sua saúde. Para ele, a prioridade é se alimentar nos horários corretos durante a jornada de trabalho.
Apesar das diferenças de hábitos e rotinas, Paulo César e Gleidson compartilham um sentimento: o amor pela profissão. Eles encontram no significado do seu trabalho um motivo para levantar de manhã. Assim como Divino Mendes, que é motorista há 14 anos e lanterneiro nas horas vagas. Para ele é um prazer levar e buscar pessoas todos os dias. Divino diz que gosta tanto da profissão que se apresenta como um motorista que não fica sério atrás do volante, nem costuma ficar nervoso, mesmo com toda a agitação e dificuldades que enfrenta diariamente no trânsito.
Luciano Antunes é ex-motorista de caminhão e mudou de área recentemente, quando foi contratado pela HP Transportes. Ele destaca a importância dos treinamentos pelos quais passou para ser motorista do transporte coletivo. “Nós aprendemos muito sobre a responsabilidade que precisamos ter com os passageiros, com os ônibus, com as vias e até com o meio ambiente”, disse.
Na mesma empresa, mas com um pouco mais de bagagem, está o Sr. Jordino Borges. Motorista há quase 40 anos, ele afirma que continua trabalhando porque adora o que faz e não consegue ficar parado. “Gosto de ser motorista e tenho muito orgulho do meu filho, que também é motorista profissional. Como toda profissão, temos nossos momentos bons e ruins, mas uma coisa que eu acho necessária é que a população respeite mais o nosso trabalho e seja mais carinhosa no trato com a gente, porque nós estamos ali empenhados em prestar um bom serviço”, compartilhou.
É comum referir-se aos motoristas sempre no gênero masculino, mas muitos se esquecem de que também existem mulheres que escolheram o volante como instrumento de trabalho. É o caso de Viviane Guimarães, que começou a dirigir profissionalmente há 14 anos. Viviane é mãe do Gabriel, de 4 anos, e para adaptar sua rotina com a do trabalho, conta que a empresa a ajudou mudando seu horário para dar tempo de levar o filho à escola. Ela é motorista da Reunidas há nove anos e se mostra satisfeita com o tratamento que recebe por lá. “Não sinto nenhuma diferença só porque sou mulher. Na empresa não tem desigualdade, a turma é muito boa, todos trabalham contentes. Amo o que eu faço!”. Como toda boa mãe, Viviane afirma que sua maior alegria ao chegar em casa é ver o rosto do filho. “Posso estar cansada do jeito que for, é só ver meu filho que fico feliz, e descanso tranquila pro próximo dia começar bem”.
Motoristas Paulo César, Gleidson, Divino e Viviane
Até quem está acostumado a usar meios de transporte individuais também influencia e é influenciado pelo trabalho dos motoristas do transporte coletivo. Então, como presente para o Dia do Motorista, não apenas quem anda de ônibus, mas toda a sociedade pode dedicar compreensão, valorização e respeito àqueles que estão nas ruas fazendo sua parte numa missão que é de todos: melhorar a mobilidade e o convívio nas cidades.
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